top of page

Recursos geológicos

Os recursos geológicos são todos os bens de natureza geológica, existentes na crusta terrestre, passíveis de serem utilizados pelo Homem. Constituem a fonte de matérias-primas a partir das quais, directa ou indirectamente, são fabricados os mais diversos produtos usados no quotidiano.

Podem ser materiais sólidos, líquidos ou gasosos ou as propriedades desses materiais, como o calor ou a radioactividade que certas rochas e minerais libertam.

Os recursos geológicos podem ser renováveis - gerados a uma velocidade superior àquela a que são explorados (à escala da vida humana) - ou não renováveis - consumidos a uma velocidade superior àquela a que se formam. A maioria dos recursos geológicos são do tipo não renovável, não podendo ser substituídos, pelo menos num espaço de tempo razoável, a comparar com a escala da vida humana.

Recursos energéticos

Os recursos energéticos são também classificados como renováveis ou não renováveis.Os recursos energéticos são materiais que:

Podem ser extraídos da Terra;

São utilizados em benefício do Homem; 

Podem ser renováveis e não renováveis.

RECURSOS NÃO-RENOVÁVEIS

  • combustíveis fósseis

Os combustíveis fósseis são substâncias de origem mineral, formados pelos compostos de carbono. São originados pela decomposição de resíduos orgânicos. É um processo que leva milhões de anos e a taxa de formação é inferior à de consumo, logo, são considerados recursos naturais não renováveis. Nesta altura, são ainda, os mais utilizados no mundo para gerar energia elétrica e movimentar veículos.

Podem ocorrer na natureza sob três formas: petróleo bruto, carvão e gás natural.

A utilização destes combustíveis de uma forma intensiva, associado à continua desflorestação, tem conduzido a uma libertação massiva de gases para atmosfera, aumentado o efeito de estufa, causador de alterações climáticas e graves problemas de saúde aos humanos.

A Terra ao longo da sua história tem assistido a alterações climáticas, algumas levaram mesmo à extinção em massa de muitas espécies, no entanto o Homem, queiramos ou não, tem contribuído para a alteração que se assiste hoje.

  • Energia nuclear

A radioatividade resulta de certos elementos químicos, como o urânio, o tório ou plutónio ao desintegrarem-se emitem uma radiação de energia muito elevada. A energia produzida por uma determinada quantidade de urânio é cerca de 3 milhões de vezes superior à energia libertada pela mesma quantidade de carvão.

Embora, em tempos, se tenha pensado que estava resolvido o problema energético do planeta, os fatores negativos associados a esta fonte de energia têm vindo a esmorecer a sua utilização, e atualmente são poucos os países que ainda utilizam este tipo de energia.

 

Aspetos negativos:

  •  elevado custo na construção e manutenção de uma central nuclear;

  • grande risco ambiental;

  • produção de resíduos perigosos e radiativos e a o grande custo e dificuldade em eliminar estes mesmo resíduos.

Aspetos positivos:

  •  é um combustível mais barato que o petróleo;

  • menor quantidade de matéria prima para a produção de energia;

  • não causa efeito de estufa e necessita de pouco espaço para se instalar uma central nuclear.

ENERGIAS RENOVÁVEIS

 

  • Energia geotérmica

A Terra, no seu interior tem temperaturas elevadas mas desde a sua formação há 4600 milhões de anos que está em constante arrefecimento embora a presença de elementos radiativos no interior da Terra fornece grandes quantidades de energia. Ao calor emanado do interior da Terra dá-se o nome de energia geotérmica.

Este recurso pode ser classificado em duas categorias:

  • Alta temperatura (T>150 ºC): este recurso está geralmente associado a áreas de actividade vulcânica, sísmica ou magmática.

  • A estas temperaturas é possível o aproveitamento para a produção de energia eléctrica.

  • Baixa temperatura (T<100 ºC): resultam geralmente da circulação de água de origem meteórica em falhas e fracturas e por água residente em rochas porosas a grande profundidade.

Em Portugal continental existem essencialmente dois tipos de aproveitamentos de baixa entalpia ou termais. 
- Aproveitamento de pólos termais existentes (temperaturas entre 20 e 76 ºC): exemplos disso são os aproveitamentos em Chaves e S. Pedro do Sul 

- Aproveitamento de aquíferos profundos das bacias sedimentares: caso do projecto geotérmico do Hospital da Força Aérea do Lumiar, em Lisboa, adquirida a partir de um furo com 1.500 m de profundidade com temperaturas superiores a 50 ºC, a funcionar desde 1992.

Os aproveitamentos mais atraentes na área da geotermia de alta entalpia (produção de energia elétrica) são os realizados nas ilhas dos Açores.

  • Energia eólica

 A energia eólica é uma forma indireta de obtenção de energia do sol, uma vez que os ventos são gerados pelo aquecimento desigual da superfície da Terra pelos raios solares. Em outros termos, a energia eólica é a energia do movimento (cinética) das correntes de ar que circulam na atmosfera.

   A geração de energia elétrica ou mecânica (em moinhos ou cataventos para a realização de trabalhos mecânicos como o bombeamento da água) através dos ventos se dá pela conversão da energia cinética de translação pela energia cinética de rotação através do emprego de turbinas eólicas, quando o objetivo é gerar eletricidade, ou moinho e cataventos, quando o objetivo é a realização de trabalhos mecânicos.

O aproveitamento da energia eólica em Portugal para a produção de energia eléctrica teve início em 1986 com a construção do primeiro parque eólico de Portuga na Ilha de Porto Santo, Madeira. Em 1996, foi instalado o primeiro parque eólico no continente português.

A nível mundial, os 3.535 MW de potência cumulativa portuguesa representam 2,2 por cento do total, numa tabela liderada pelos Estados Unidos com 22,3 por cento (35.159 MW), seguidos pela China (25.777 MW, 16,3%).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Energia hidrica

Esta energia alternativa, a energia hídrica resulta da água dos rios em movimento, águas essas que vão em direcção ao mar e que para além de conduzirem a água das nascentes captam a água das chuvas. O movimento ou queda dessas águas das chuvas contém energia cinética que pode ser aproveitada para produzir energia.
 

Portugal é um país que possui um territória rico em energia hídrica, possui cadeias montanhosas que permitem grandes correntes de água , desde riachos, rios, fontes naturais, etc.

 

Actualmente Portuga 30% de electricidade consumida no nosso país tem origem hídrica, comparando com as outras energias aternativas, sendo que as zonas com forte potencial são as zonas do Norte e Centro do país.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Recursos minerais

Os recursos minerais são todos os bens mineralógicos existentes na crusta terrestre, passíveis de serem utilizados pelo Homem.

Os recursos minerais podem ser:
Metálicos: Como ferro, alumínio, manganês, magnésio, cobre, mercúrio, chumbo, estanho, ouro, prata e urânio.
Não-metálicos: Como cloreto de sódio, enxofre, fosfatos, nitratos, areia, argila, cascalho, amianto, água, petróleo e carvão mineral.

Na exploração de um jazigo mineral, chama-se minério ao material que é aproveitável e que tem interesse económico, e ganga ao material sem valor económico. Todo o material sem valor económico, ou seja, a ganga, é acumulado em escombreiras. Estas são depósitos superficiais junto ás explorações mineiras. As escombreiras causam:
- Elevada poluição visual;
- Maior risco de deslocamentos de terrenos;
- Poluição no solo e/ou ar, por poderem conter substâncias tóxicas.

Os recursos minerais não metálicos são muito abundantes na Natureza.


A sua utilização é tão ampla que são considerados bens de primeira necessidade. As areias, as argilas e as rochas (ex. granito, basalto, mármore e calcário) são exemplos de minerais não metálicos. São os materiais mais abundantes e normalmente não atingem preços muito elevados, com excepção das pedras preciosas. Portugal é um país relativamente rico em recursos minerais não metálicos, que são utilizados como matérias-primas, nomeadamente na construção e na ornamentação.

Águas subterrâneas

As águas subterrâneas constituem o maior reservatório de água doce do planeta Terra. Formam-se, essencialmente, a partir da infiltração da água da chuva e, uma vez no subsolo, podem formar toalhas ou lençóis de água quase imóveis, que alimentam as fontes e os poços, ou então circular por entre as fissuras das rochas.

Reservatórios de água subterrânea - os aquíferos

Através de técnicas apropriadas pode-se ter acesso à água que circula subterraneamente. Chama-se aquífero a uma formação geológica subterrânea que permite a circulação e o armazenamento de água nos seus espaços vazios, permitindo normalmente o aproveitamento desse líquido pelo ser humano de forma economicamente rentável e sem impactes ambientais negativos. São as águas que precipitam sobre a superfície da Terra que se infiltram no solo por acção da gravidade e originam as água subterrâneas. Estas águas podem ser armazenadas em dois tipos de aquíferos: aquíferos livres e aquíferos confinados ou cativos.
 

Aquífero livre – Neste tipo de aquíferos existe uma superfície em que a água se encontra em contacto com o ar, e apresenta a mesma pressão que a pressão atmosférica. É através da zona de recarga (que corresponde às camadas superfícies) que ocorre ainfiltração da água. Os aquíferos livres podem ser superficiais ou sub superficiais, o que facilita a sua recarga mas também a sua contaminação.
Durante o processo descendente da água, esta atravessa diversas zonas com características distintas.

Aquífero confinado ou cativo - formação geológica onde a água se acumula e movimenta, estando limitada tanto no topo como na base por camadas impermeáveis. Nos aquíferos cativos a pressão da água é superior à pressão atmosférica. A recarga nestes aquíferos éfeita lateralmente.

Parâmetros carcterístricos dos aquíferos

Um bom aquífero é, simultaneamente, poroso e permeável, o que lhe permite armazenar e libertar a água. São exemplos de bons aquíferos as areias, os cascalhos, os arenitos, os conglomerados e os calcários fracturados. 

  • Porosidade: Entende-se por porosidade a percentagem de volume total da rocha ou dos sedimentos que é ocupado por espaços vazios, os poros. A porosidade depende quer do tamanho quer da forma dos grãos, bem como do nível de compactação do material geológico.

  • Permeabilidade: A permeabilidade é a capacidade das rochas deixarem passar fluidos, como a água, através dos seus poros ou fracturas. Apermeabilidade das rochas está directamente relacionada com as dimensões dos poros e com a forma como se estabelece a comunicação entre estes.

Composição química das rochas subterrâneas

A composição das águas subterrâneas relaciona-se com o contexto geológico da região onde são captadas, com a natureza e teor de certos gases da atmosfera, com os produtos resultantes da alteração das rochas, as reacções de dissolução e de precipitação que ocorrem no subsolo, como também se relaciona com o facto das plantas extraírem do solo certos componentes químicos e introduzirem outros. Estas águas nunca são puras, mas soluções, em regra, muito diluídas, de numerosas substâncias, como se observa na tabela seguinte, que indica a composição de determinada água. 

Se as águas subterrâneas tiverem reservadas em

  • formações geológicas de origem magmática e metamórfica são de excelente qualidade e de baixas concentrações em sais dissolvidos;

  • rochas sedimentares, sao águas de boa qualidade mas as que são captadas em arenitos podem ser mais ricas em sódio e as provenientes de rochas carbonatadas mais ricas em cálcio e magnésio. Se as formações sedimentares forem evaporíticas, como o sal gema, as águas serão muito salinas, impróprias para consumo doméstico.

Gestão sustentável das águas subterrâneas

As actividades antrópicas são as principais responsáveis pela introdução de impactos negativos na composição das águas subterrâneas. Por exemplo, a extracção de água subterrânea de forma não controlada nos aquíferos pode levar à sua degradação; a extracção de água doce nestes sistemas pode provocar a entrada de água salgada no aquífero, contaminando-a e tornando-a imprópria para consumo.

A exploração sustentada dos recursos geológicos é ummodelo de gestão de recursos que se deveria adoptar, de modo a assegurar o desenvolvimento das sociedades dos países enão comprometer as necessidades básicas das gerações presentes e claro, das futuras.

Desta forma poderão seguir-se as seguintes medidas:

- Uma maior utilização dos recursos renováveis;
- Aumento do tempo de duração dos recursos não renováveis, através duma redução de consumo, reciclagem e utilização de substitutos;
- Redução dos impactos ambientais negativos resultantes da exploração de recursos geológicos.

Bibliografia

FIG. 1-http://www.colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/images/recursoge.png consultado a 18/05/2016, 16.16

FIG.2,3,4,5,6 http://pt.slideshare.net/beaatrizalmeida/recursos-energticos-28216795 consultado a 18/05/2016, 16.30

Texto

http://energiasalternativas.webnode.com.pt/energias-renovaveis/energia-geotermica/consultado a 18/05/2016, 17.59

FIG.1-Recursos geologicos

FIG.2-Vantagens e desvantagens

FIG.3-Vantagens e desvantagens

FIG.4-Vantagens e desvantagens Video-energia geotermica

FIG.5-Vantagens e desvantagens

FIG.6-Vantagens e desvantagens

FIG.7-recursos minerais

FIG.8-Aquifero cativo e livre

Recursos energéticos
Aguas subterraneas
Recursos minerais
bottom of page